High-dose vitamin D supplements appear to aggravate inflammation and myelin loss in the brain and spinal cord, and worsen the disability associated with multiple sclerosis (MS), a study in a mouse disease model reported.
Excessive use of vitamin D causes calcium levels to spike, which directly increase the inflammatory state of immune cells and their capacity to infiltrate the central nervous system (CNS; the brain and spinal cord), the researchers observed.
Supplements given in moderation, however, may help to ease disease symptoms.
Os resultados foram apresentados no Fórum 2020 do Comitê das Américas para Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla (ACTRIMS), realizado em Fev. 27-29 na Florida, no cartaz “High Dose Vitamin D Worsens Experimental de Doença Autoimune do SNC ao Aumentar o Cálcio Excitatório de Células T”. O apresentador foi Sebastian Torke, PhD, do Institute of Neuropathology, University Medical Center em Göttingen, Alemanha.
Um grande conjunto de dados sugere que níveis baixos de vitamina D aumentam o risco de uma pessoa desenvolver EM. Mas se os suplementos vitamínicos devem ou não ser administrados a pessoas que já têm a doença está em debate.
Em geral, os pacientes com EM têm níveis relativamente baixos de vitamina D. Com base em estudos que mostram uma associação entre baixos níveis desta vitamina e um maior risco de recaídas e incapacidade anterior, os médicos frequentemente recomendam suplementos orais de vitamina D3 (colecalciferol) aos seus pacientes.
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Yet, it is unclear whether such supplements offer therapeutic benefits to MS patients, and if they do, what doses should be advised. While relatively low doses of vitamin D appear to be safe, high doses are likely toxic and potentially harmful.
Researchers set out to model the consequences of this common practice by investigating the effects of long-term vitamin D supplements given to mice.
They fed mice a diet containing either a low concentration (less than 5 IU of vitamin D3/kg of food), a standard amount (1,500 IU/kg), or a high dose (75,000 IU/kg) of vitamin D3 for 15 weeks (about three and a half months).
Estas três doses foram escolhidas para gerar níveis séricos de 25-hidroxivitamina D – a molécula medida em um exame de sangue de vitamina D – refletindo o que é normalmente observado em pacientes com deficiência de vitamina D (menos de 30 nmol/l), naqueles que tomam suplementos modestos e atingem níveis normais de vitamina D (100 nmol/l), e naqueles com suplementos desproporcionalmente altos (250 nmol/l).
Todas as três dietas continham concentrações idênticas de cálcio (1%) e fosfato (0,7%).
Os investigadores então induziram doenças semelhantes à EM nos ratos e seguiram os seus sintomas clínicos, inflamação e danos no SNC, e comportamento das células imunitárias.
Os resultados mostraram que, em comparação com os ratos que não receberam suplementos de EM, uma dose moderada de vitamina D atenuou a gravidade da doença, que estava ligada a uma expansão das células T reguladoras – células imunitárias que ajudam a manter as respostas imunitárias sob controlo.
O oposto, porém, aconteceu em ratos alimentados com uma dieta de alta dose de vitamina D.
“A suplementação com alta dose de vitamina D a longo prazo leva a doenças muito piores nesses ratos”, disse Torke.
Os animais tinham níveis excessivamente altos de vitamina no sangue (acima de 200 nmol/l), e desenvolveram doença “fulminante” com deficiência grave e persistente. Isto foi associado à inflamação maciça do SNC e à infiltração de células T helper 1 (Th1) e Th17 activadas – células imunitárias que podem causar inflamação e doença auto-imune – bem como desmielinização (perda de mielina), uma marca registrada da EM.
Os investigadores decidiram que o cálcio é provavelmente culpado pelo que consideraram um “resultado inesperado”
Uma dose elevada de vitamina D fez com que os níveis de cálcio subissem a quantidades excessivas (hipercalcemia) em todo o corpo, desencadeando a activação, proliferação e comportamento inflamatório das células T.
Apoiando estes achados, os pesquisadores também descobriram que a exposição de ratos ou células T humanas in vitro (no laboratório) a várias concentrações de cálcio (equivalentes àquelas encontradas em ratos alimentados com vitamina D) aumentou a entrada de cálcio nas células, e desencadeou a ativação de vias pró-inflamatórias.
“Não é a vitamina D que é má, mas demasiada vitamina D leva ao aumento do cálcio que promove a proliferação e activação das células T”, disse Torke.
Cálcio também aumenta a capacidade das células T de atravessar a barreira hemato-encefálica – uma membrana altamente selectiva que regula quais as substâncias ou células transportadas no sangue que podem entrar no cérebro ou na medula espinal – reflectindo uma maior capacidade de infiltração no SNC.
Induzir hipercalcemia em ratos foi suficiente para ativar as células T, confirmando que este efeito também pode ocorrer em um organismo vivo (in vivo).
“Estes achados destacam a suplementação excessiva de vitamina D e a hipercalcemia resultante como novos fatores de risco promovendo o agravamento da doença desmielinizante do SNC”, disse Torke.
“Nossos dados advertem que à luz das informações atualmente limitadas sobre um efeito benéfico direto da vitamina D na EM, os pacientes com EM podem estar em perigo de experimentar efeitos imunológicos e/ou clínicos desfavoráveis quando a vitamina D é suplementada excessivamente”, concluiu Torke.
Parte dos resultados deste estudo foram publicados na revista Brain, no artigo “Alta dose de vitamina D exacerba a auto-imunidade do sistema nervoso central ao elevar o cálcio excitatório de células T”.”
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