Cortex, em plantas, tecido de células não especializadas que se encontram entre a epiderme (células superficiais) e os tecidos vasculares, ou condutores, de caules e raízes. As células corticais podem conter carboidratos armazenados ou outras substâncias, como resinas, látex, óleos essenciais e taninos. Nas raízes e em alguns caules herbáceos mas não normalmente em caules lenhosos, a camada mais interna das células corticais é diferenciada numa camada celular chamada endoderme. As paredes celulares da endoderme possuem uma faixa lenhosa e corcunda, chamada faixa caspariana, ao redor de todas as paredes celulares, exceto aquelas voltadas para o eixo e a superfície da raiz ou caule. A endoderme com as suas faixas casparianas pode funcionar na regulação do fluxo de água entre os tecidos externos e o cilindro vascular no centro da raiz. Dentro de uma polegada ou duas de pontas de rebentos, algumas plantas floríferas têm uma bainha de amido (uma camada de células com muito amido armazenado) na mesma posição que uma endoderme.
O córtex frequentemente desenvolve-se num tipo de tecido chamado aerênquima, que contém espaços de ar produzidos pela separação, rasgamento, ou dissolução das paredes celulares do córtex. As células corticais em caules herbáceos, caules lenhosos jovens e caules de suculentos (cactos e outras plantas carnudas) contêm cloroplastos e podem portanto converter dióxido de carbono e água em carboidratos simples (fixação de carbono) usando a fotossíntese. Os carboidratos simples podem então ser metabolizados em carboidratos complexos, como o amido, que é armazenado no córtex em raízes comestíveis, bulbos e tubérculos.