A tunica albuginea (TA) do pénis é reivindicada para compartilhar no mecanismo eréctil, comprimindo as veias emissárias que passam através dele. Aparentemente esta reivindicação é teórica, uma vez que não foi possível traçar estudos experimentais na literatura que provem este conceito. Investigamos a hipótese de que a AT atua como cobertura para corpora cavernosa (CC) e espongiosa (SC) e não tem um papel ativo no mecanismo erétil. Os pénis de 9 cães foram desdentados e a AT foi dividida em 1/3 superior, médio e inferior do pénis. As pressões intracorporais e da glande do pénis (GP) foram medidas nas partes cobertas e não cobertas de CC e CS nas fases flácida e eréctil. A operação falsa, sem realizar as incisões da AT, foi feita em 7 animais de controle. Nos animais testados, a pressão intracorporal (PIC) nos corpos não cobertos de AT e no GP registrou em média 12,2 +/- 0,8 cmH2O para CC e 11,3 +/- 0,7 cmH2O para CC e GP, e na fase erétil 98,4 +/- 8,6 e 76,2 +/- 9,3 cmH2O, respectivamente. Não houve diferença significativa entre os corpos cobertos e não cobertos ou entre os animais de teste e controle. Em conclusão, o AT parece funcionar como uma cobertura para o tecido corporal. A sua ausência não alterou a PIC.