A rebelião tem uma causa.
Utilizando scans do cérebro, pesquisadores de psicologia da USC descobriram que a rebelião adolescente é um sinal de adolescentes se separando dos pais em sua transição para a vida adulta.
A equipe acredita que este estudo é o primeiro do seu tipo a gravar imagens de cérebros adolescentes enquanto eles respondem a vídeos separados de seus pares e pais.
Os pesquisadores rastrearam a atividade cerebral de 22 adolescentes, entre 16 e 18 anos, através da Ressonância Magnética e descobriram que as RMIs de adolescentes que relataram envolvimento com os comportamentos mais arriscados – sexo, uso de drogas ou direção imprudente, por exemplo – foram mais responsivos a assistir vídeos de outros adolescentes do que vídeos de seus pais.
“Quanto mais eles estavam ativando uma parte central do cérebro para o colega não familiar versus seus pais, mais arriscado era o comportamento que eles estavam relatando”, disse Darby Saxbe, professor assistente de psicologia do USC Dornsife College of Letters, Arts and Sciences.
Os pesquisadores observaram que quando os adolescentes rebeldes viram os vídeos, uma região central de seus cérebros respondeu mais aos seus pares do que aos seus pais. Na verdade, as RMIs revelaram um pico de atividade no pré-cuno – uma porção do cérebro que controla a consciência sobre os pensamentos e comportamentos dos outros.
Embora estudos tenham mostrado que os adolescentes tendem a sair mais com seus pares do que com seus pais quando chegam à idade adulta, Saxbe disse que os pais não deveriam deixar seus filhos adolescentes se separarem completamente. Ela disse que os resultados parecem indicar que os pais devem manter uma forte ligação com seus filhos, mesmo quando eles se tornam adolescentes.
Baseado neste estudo, a lição potencial para os adolescentes e suas famílias é “Mantenha seus amigos por perto, mas seus pais também por perto”, disse Saxbe.
O estudo foi publicado em Neurociência Social.
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